Rei do saibro. Superherói. Estratosférico. Onipotente. Infinito. Faça como os jornais espanhóis e escolha seu adjetivo. Patriotadas à parte, Rafael Nadal merece cada um deles. E alguns mais. O Rei do Saibro acaba de conquistar um dos feitos mais duros – quase literalmente – do tênis. Com uma das melhores atuações de sua carreira, derrotou Novak Djokovic e conquistou o US Open pela segunda vez. Mais do que isto, o melhor tenista da terra venceu todos os importantes torneios de quadra dura do verão norte-americano. Montreal, Cincinnati e Nova York. Nesta segunda-feira, 9 de setembro de 2013, Rafael Nadal completou o verão perfeito.

Perfeito por motivos que nem Saul Goodman conseguiria disfarçar ou distorcer. Porque Nadal chegou a Montreal sem jogar uma partida em piso sintético desde março. Pois chegou lá e derrubou o número 1 do mundo em um partidaço. Porque depois do título no Canadá, não optou pelo caminho fácil de descansar e decidiu encarar Cincinnati com força total. Pois derrubou um inspirado Roger Federer e levantou o troféu ao derrotar John Isnersem ceder uma quebra de serviço. Porque quando desembarcou em Nova York, estava um nível acima dos outros. O saque entrava, o bachkand era agressivo, as subidas à rede eram mais frequentes e bem executadas, os pontos eram mais curtos… Nadal era – e é – o pacote completo.

Por que a redundância ao ressaltar todas as já bem conhecidas ferramentas do cinto de utilidades do espanhol (que, negrito e sublinhado aqui, por favor, usa slices como poucos hoje em dia), você pergunta? Porque nunca é tarde para lembrar que falamos de um atleta que conquistou seu primeiro Grand Slam quando claramente não tinha armas o bastante para brigar nos outros três. E a cada novo episódio de sua saga, aparecia com um novo “brinquedo” desenvolvido em conjunto com seu tio Toni, uma espécie de Lucius Fox do tênis. E assim, Nadal destronou Federer em Wimbledon, conquistou as quadras duras em Melbourne e completou o ciclo em Nova York. Por fim, decifrou Djokovic, o único que realmente conseguiu batê-lo seguidas vezes. O único que, hoje, consegue levá-lo ao limite.

E que limite! A final deste US Open é para ficar tatuada na mente de cada fã do espanhol. Ponto após ponto, mostrando a consistência de sempre e os habituais forehands matadores dentro de seu inigualável processo de construção de pontos – sua maior qualidade desde sempre -, Rafael Nadal exigiu tudo que o atual número 1 do mundo tinha. Para quebrá-lo, Djokovic precisou vencer um espetacular rali com 54 rebatidas. O sérvio, sejamos justos, respondeu à altura enquanto aguentou. Venceu o segundo set e saiu na frente no terceiro. A vantagem adquirida, no entanto, cobrou seu preço. Ninguém – nem mesmo Djokovic – consegue jogar em nível tão alto por tanto tempo. Nadal aproveitou a primeira oportunidade e igualou o placar.

Ainda estava por vir, contudo, “o” momento da partida. Com o placar em 4/4, Nadal levou uma linda combinação de curta+lob. No segundo ponto, escorregou no fundo de quadra e levou um tombo. Não conseguiu alcançar uma bola nada complicada. Uma devolução (uma de muitas) perfeita de Djokovic deixou o placar em 0/40. Triplo break point. O que aconteceu? Uma paralela vencedora de forehand: 15/40. Um rali de 21 rebatidas que acabou com uma bola de Djokovic na rede: 30/40. Um ace: iguais. ENadal, com um smash, mostrou que é tão capaz mental quanto técnica e fisicamente. Uma barreira intransponível para qualquer um nesta segunda-feira. O domínio do número 1 já não existia. E quando Nole cometeu erros bobos – mesmo – no décimo game, abriu a porta para mais um forehand indefensável do adversário. Game e segundo set para o imperturbável Rafael Nadal.

Tão imperturbável que, logo no primeiro game do quarto set, perdeu um rali de 28 trocas e cedeu um break point. Salvou-se com uma falha de Djokovic. E salvou-se de outra chance de quebra com um saque angulado. E pouco se importou quando o sérvio, sacando em 15/40 no segundo game, salvou um break point com uma bola que tocou na fita. No ponto seguinte, Nadal enfiou outra paralela de forehand e conseguiu a quebra. O número 1 não tinha mais a que recorrer. Não encontrou no baú outra série de bolas vencedoras como as do segundo set e do terceiro sets. Arriscou mais, errou mais. E o espanhol venceu mais uma vez. Agora dono de 13 títulos de Grand Slam, deitou-se e chorou na quadra, no piso que tanto machucou seus joelhos. O mesmo piso que agora domina.

(Fonte: Saque e voleio)

10/09/2013
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