É chegado o momento do circuito mundial atrair os olhares aos Estados Unidos para o US Open. E esse ano está bem complicado cravar quem vai levar a taça. Tanto na chave masculina quanto na feminina há incertezas por conta de contusões e jogadores tops que não têm apresentado seu melhor tênis. Confira um guia do que esperar para o último Grand Slam da temporada.
Chave masculina
A cada torneio que começa, todos se perguntam se alguém poderá bater Novak Djokovic. Dessa vez, porém, a resposta é incerta. Com dores no punho esquerdo, o número 1 do mundo se despediu cedo nos Jogos Olímpicos e sequer jogou Cincinatti. O sérvio enfrenta na primeira rodada o perigoso Jerzy Janowicz e terá que voltar a jogar bem para avançar. Andy Murray vem de uma grande sequência: campeão em Wimbledon, ouro olímpico e vice em Cincinatti. Se vencer o US Open pela segunda vez e Djokovic não alcançar a final, o britânico passa a ser o primeiro no ranking da temporada (ATP Race to London). Murray estreia contra Lukas Rosol, contra quem já teve um bate-boca dentro de quadra.
Rafael Nadal entra como cabeça de chave número 4 e ninguém sabe ao certo até onde podechegar. Em situação normal, o espanhol seria favorito para atingir a semifinal, porém, com problemas no punho, é difícil fazer uma previsão. Stan Wawrinka, Juan Martin del Potro, Milos Raonic, Marin Cilic e Dominic Thiem correm por fora.
Os brasileiros entram com sentimentos distintos para a primeira rodada. Bellucci deu sorte e vai encarar Kuznetsov na primeira rodada e, se passar, enfrenta o vencedor de Ramos-Viñolas e Benneteau. Só em uma eventual terceira rodada, o paulista encararia Rafael Nadal, seu algoz na Rio 2016. Já Rogerinho enfrenta Marin Cilic logo na primeira fase. O croata já foi campeão do US Open em 2014 e vem de título no Masters 1000 de Cincinatti.
As principais ausências da chave são Roger Federer e Tomas Berdych. O suíço pentacampeão em NY não joga desde Wimbledon e já se despediu da temporada 2016. Já o tcheco número 8do mundo sofre com uma apendicite. Curiosamente, Berdych não veio ao Rio por medo do Zika vírus.
Chave feminina
O torneio feminino deste ano vale a primeira posição do ranking mundial. Se quiser continuar na primeira posição, Serena Williams, que já afirmou não estar 100% fisicamente, vai ter que alcançar, no mínimo, as semifinais. Se Angelique Kerberalcançar as quartas de final, Serena precisa, ser finalista. Se a alemã chegar à final, só o título assegura a primeira colocação à americana.
Além de Serena e Kerber, Muguruza e Radwanska também podem sair de NY como a número 1 do ranking. Para a espanhola, basta ser campeã. Para a polonesa, além do título, derrotas precoces das três primeiras precisam acontecer.
Correm por fora Halep, Pliskova, Kvitova, Keys e Venus Williams. A campeã olímpica Monica Puig vai ter que bater forte na bolase quiser repetir o resultado das Olimpíadas. Apesar de estar na nona posição das casas de apostas, a porto riquenha vai ter que derrotar novamente Muguruza logo na terceira rodada para seguir viva no torneio.
A única brasileira da chave, Teliana Pereira, estreia contra Suarez Navarro, a número 12 do mundo. Entre as ausências mais sentidas, destaque para Sharapova, que cumpre suspensão por doping, e Azarenka, que está grávida.