US Open 2016 – chegou ao fim o último Grand Slam da temporada. Repleto de grandes jogos, mudanças no ranking e conquistas brasileiras, o US Open mal acabou e já deixa saudades.
Final do US Open 2016 Grand Slam contra o número 1 do mundo? Sem problemas para Stan Wawrinka. Em sua terceira final de major, sempre contra o número 1 e como azarão em todas as casas de apostas, o suíço saiu com a taça após 4 sets. Australian Open 14 contra Nadal, Roland Garros 15 contra Djokovic e agora US Open 16 novamente contra Djokovic são as principais conquistas de Stan. O número 3 do mundo vai bem nos grandes jogos, tanto que venceu as últimas 11 finais que disputou.
O torneio não parecia muito promissor para o suíço. Logo na terceira rodada ele teve que salvar match point para eliminar o modesto Daniel Evans. Para avançar à final, Stan teve que passar por Del Potro e Nishikori, em jogos longos e com algum drama. Quando chegou à decisão, Stan já tinha jogado 17h54, enquanto Novak Djokovic ficara em quadra por 8h58. Além disso, o confronto direto entre os dois apontava uma larga vantagem de 19×4 para o sérvio.
Mas, como dito anteriormente, Wawrinka gosta dos grandes jogos. Mesmo após perder o primeiro set, o suíço se recuperou com muita variação e ótimos backhands na cruzada e na paralela, virou para 2×1 e colocou pressão no sérvio. O quarto set foi apenas mera formalidade, já que logo no início Djokovic acusou uma contusão virilha e sofreu com bolhas nos pés. Pouco menos de 4 horas após o começo do jogo, Stan Wawrinka comemorava seu primeiro US Open na carreira.
Serena Williams sabia que para manter a primeira colocação no ranking provavelmente teria que levantar a taça. E ela avançou até as semifinais, quando enfrentou Karolina Pliskova. A tcheca não se intimidou com os berros da americana e foi grande nos momentos decisivos para eliminar Serena em dois sets. Porém, após eliminar a então líder do ranking, Pliskova enfrentaria na final a nova número 1 do mundo, Angelique Kerber.
E a final foi uma batalha técnica e mental. Se Kerber não tem os melhores golpes do circuito, ela compensa com movimentação, bolas anguladas no contra-ataque e um plano de jogo quase sempre melhor que sua adversária. Depois de vencer o primeiro set, perder o segundo e ver Pliskova abrir 3/1 no terceiro, a alemã manteve-se calma e continuou apostando em sua tática de contra-atacar. Pela primeira vez no torneio a tcheca sentiu o momento, caiu em rendimento e viu suas chances de ganhar seu primeiro Grand Slam acabarem com uma direita para fora.
A nova número 1 do mundo conquistou seu segundo major no ano (também venceu na Austrália) e quebrou um tabu interessante: desde 2008 ninguém, exceto Serena Williams, conseguiu vencer 2 Grand Slams no mesmo ano.
Ao lado de Jamie Murray, Bruno Soares ergueu seu segundo Slam de duplas masculinas no ano (terceiro se considerarmos duplas mistas). Após vitória tranquila diante dos espanhóis García-Lopéz e Carreño Busta em dois sets, o brasileiro subiu para a quinta colocação no ranking e viu sua dupla alcançar a vice-liderança da corrida anual.
Outro brasileiro que se deu bem foi Felipe Alves. O sobrinho de Fernando Meligeni levantou a taça de duplas juvenil ao lado do boliviano Juan Carlos Peña e se consolidou como promessa na nova geração do tênis brasileiro.