O famoso Roland Garros, considerado o maior torneio de tênis em saibro, é um dos quatro componentes do Grand  Slam do Tênis, junto ao  Austrailan Open, Wimbledon e US Open. Ele agita Paris anualmente, entre maio e junho, e é considerado um dos mais difíceis, justamente por seu piso de saibro, que proporciona características de pisada mais lenta, e o que o tornou famoso por não ter dado títulos a grandes nomes do esporte, como John McEnroe, Pete Sampras, Venus Willians, Stefen Edberg, Martina Hingis e Boris Becker.

A história

Eram cinco, apenas cinco homens participantes na primeira edição, em 1891, que se chamava Campeonato Internacional da França (internacional em potência, digamos, já que os cinco eram franceses). Em 1925, os jogos passaram a levar o nome de Internationaux de France e ocorriam nas quadras de um clube bastante clássico na época, o Estádio Francês, em Paris.

Mas a criação do estádio que conhecemos hoje nos leva a uma história curiosa, que dependeu de uma outra competição para sua existência: a Copa Davis. No ano de 1927, os famosos “Quatro Mosqueteiros”, René Lacoste, Henri Cochet, Jean Borotra e Jacques Brugnon, venceram os, até então líderes dominantes, norte-americanos. Um trunfo e tanto para a época! Mas tinha um porém… as regras do, até então, chamado Insternationaux de France exigia que a nação vencedora sediasse os jogos do próximo ano, o problema é que Paris não tinha estrutura para isso.

Daí, então, dizem que a prefeitura contribuiu apenas com o dinheiro para a construção, mas que os três hectares do terreno foram doados por um tradicional clube, o Stade Français – que por sua vez, exigiam o nome de batismo do local de Roland Garros, em homenagem ao esportista amador e aviador francês, morto no final da Primeira Guerra.

E conforme o combinado, lá estava ele, o “estádio-orgulho” dos franceses, em 1928, pronto para receber  belíssimos jogos. E assim o foi por muitos e muitos anos, sendo um sucesso de tradição do tênis mundial até os dias atuais.

A competição representa, hoje, o torneio de maior atenção da imprensa, devido à suas especificidades. Há quinze provas que se distinguem uma da outras, incluindo cinco seniors, quartro júniors, quatro de tênis em cadeira de rodas e, também, duas provas  do Troféu das Lendas. É um dos torneios que mais exigem do atleta, pois não tem a inclusão do tiebreak no set decisivo e, também, por sua quadra mais lenta, como já falamos – que provoca ainda mais esforço dos que nela pisam, já que essas características prolongam um pouco a duração das partidas.

Ano pós ano, o torneio traz à tona jogadores que melhor dominam o saibro, como o  brasileiro Gustavo Kuerten, que levou a melhor em brilhantes três vezes nesse campeonato. E não podemos deixar de citar nomes como o de Yannick Noah, Mary Pierce, André Agassi (o primeiro a vencer os quatro torneios do Grand Slam), Michael Chang, Monica Seles (os mais jovens vencedores, com 16 e 17 anos, respectivamente) e, claro, Rafael Nadal, atual campeão, com sete vitórias Roland Garros – que só deixa sua fama atrás do melhor jogador de terra batida de todos os tempos, Bjorn Borg, merecedor de 6 vitórias.

Hoje em dia, após diversas reformas, o local conta com 18 quadras, além da quadra  Suzanne Lenglen e do estádio principal. E quem teve a oportunidade de visitar o local após 2001, conheceu também o estádio batizado de Philippe Chatrier, que tem capacidade para receber pouco mais de 15 mil pessoas – isso, sem mencionar suas lojas, vestuário, estúdio de TV…

Ainda assim, apesar de ser um clássico francês, o monumento é considerado um tanto ultrapassado por sua estrutura pouco capaz de expandir-se, sendo que que a cada ano ele recebe mais e mais visitantes.

Falta pouco!

De 24 de maio à 07 de junho de 2015, o segundo torneio do Grand Slam vai entrar na jogada e ainda dá tempo de você se preparar para ver de perto as maiores estrelas de tênis do mundo e sentir a emoção de estar no Roland Garros.