O componente básico para a produção de uma bola de tênis é a borracha. Ela é a responsável pelo pulo na quadra. E o processo de fabricação acontece da seguinte maneira: primeiro, a borracha é misturada com alguns aditivos para que o quique seja maior. Depois, uma prensa dá o formato de uma concha a este material. Para que em seguida, uma pastilha de nitrogênio seja colocada no meio de duas conchas.

Todo este conjunto é fundido a 200 ºC. Nesta etapa chamada de vulcanização, o calor faz com que a pastilha de nitrogênio exploda, liberando o gás que enche a bolinha. Com ela cheia, dois pedaços de feltro são colados com uma massinha branca. Ao final, a bolinha passa por nova vulcanização que garante a firmeza dos materiais. E para evitar qualquer perda de pressão, as bolinhas são embaladas em tubos de plástico selados a vácuo.

A definição entre os tipos de bolinhas acontece nos detalhes do processo. As bolas lentas possuem maior quantidade de lã natural no feltro, aumentando o atrito e diminuindo a velocidade. Com o diâmetro delas 8% maior do que as bolas normais, elas são projetadas para quadras duras e disputas em altitudes elevadas. Já as bolas rápidas, feitas para quadras de saibro, contêm mais lã artificial, tornando o jogo rápido. E também existem as bolas que misturam a lã natural e artificial no seu feltro. Chamadas de “all court”, elas correm bem em todos os terremos.

Em torneios profissionais, a ITF estabelece um padrão mundial de peso, circunferência, pressão e quique. Assim, os atletas podem jogar sem vantagens. E as bolinhas são usadas até 9 pontos, pois após isto, a pressão começa a diminuir e influenciar na disputa.

Na verdade, a escolha da bolinha ideal não depende somente das características dela, mas da união de outros fatores. É a combinação entre técnica, bolinha, raquete e terreno que fazem a diferença na hora do jogo.